Há os que se desesperam com todas as notícias ruins sobre o que acontece pelo mundo e os que simplesmente esfriaram diante desses fatos... Mas, nenhuma das posturas mencionadas é a ideal: o desespero não ajuda a refletir e a frieza contraria a sensibilidade humana. Bom mesmo é estar atento e, mesmo na situação mais controversa, nunca perder a fé!
Na liturgia deste domingo, ao advertir sobre a fatalidade das guerras, dos terremotos, fomes e pestes em muitos lugares, Jesus diz para não ficarmos “apavorados” porque não será o fim. Mas nos faz refletir sobre se estamos dispostos a dar testemunho da nossa fé, mesmo nas circunstâncias mais difíceis e dolorosas:
“Antes, porém, que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé.” (Lc 21,12-13)
Será que no nosso coração existe essa predisposição para testemunharmos a fé em Jesus até mesmo sem levarmos em conta nossa própria vida? Acredito sinceramente que, na hora necessária, Deus nos dará a graça para permanecermos firmes, mas também intuo que essa predisposição será necessária... Por isso mesmo penso ser fundamental a forma como vivemos nossa fé, hoje. Se em situações cotidianas já não temos coragem para nos posicionarmos conforme o que cremos por medo de não sermos aceitos ou compreendidos por determinadas pessoas ou grupos sociais como iremos nos portar quando chegar o tempo das perseguições que Jesus narra nesse Evangelho?
Talvez esse tempo de perseguições ainda esteja distante para nós, mas é fato que já chegou para muitos cristãos, ao redor do mundo: há os que precisam participar de missas escondidos, os que já não podem anunciar publicamente que creem e, inclusive, alguns já foram mortos por sua fé no Senhor.
Diante dessa constatação, é importante ter o coração aquecido pelo amor a Deus e pronto para o testemunho da fé, em qualquer circunstância.
