Os sinais

Quando conversamos com as pessoas mais idosas, geralmente nos surpreendemos com a sabedoria delas. Sabem dizer, pelos sinais, se o tempo vai mudar; reconhecem o que há por trás de determinados comportamentos e têm paciência para, após observar o rumo das coisas, esperar o tempo certo para acontecerem. São homens e mulheres que foram assimilando que um sinal existe para ser compreendido e seguido. Nós já aprendemos essa lição?
Não é incomum reclamarmos de que não compreendemos o que Deus quer de nós, já notou? Isso acontece porque esperamos que, por um milagre, Ele fale detalhadamente conosco e que, se possível, ainda justifique suas razões. Tudo para que não nos reste qualquer dúvida! Só que esquecemos de que a pedagogia do Senhor é outra: a dos sinais... Sempre foi assim! E sempre será! Deus age na história da humanidade e deixa clara a sua atuação no mundo por meio dos mais simples sinais!
E, em se tratando das coisas de Deus, para “ler” os sinais basta ter a maturidade da fé — aquela que nos faz enxergar que as coisas verdadeiramente grandiosas nascem do que é muito simples. Na realidade, somos bombardeados pelos muitos sinais que o Senhor nos envia: Ele fala conosco por meio da nossa intuição, através dos nossos amigos, das circunstâncias, usa a letra de uma música, um texto, um filme... Ele é tão criativo! Nossa parte é compreender e seguir a direção que o sinal aponta. Sem duvidar. Sem questionar. É um ato de fé!
No evangelho de hoje, João Batista pede que seus discípulos vão até Jesus para questioná-lo se Ele seria Aquele que haveria de vir. O Senhor poderia responder a eles que sim. Seria o esperado. Mas, como Ele sempre falou aos seus por meio de sinais, respondeu: 
“Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados.” (Mt 11,4-5)
Quais os sinais que Deus tem dado em resposta às nossas perguntas? Vamos compreender e seguir!