Minha pequenez

Nós não gostamos de nos sentir pequenos e sem importância, não é verdade? Em muitas ocasiões nos percebemos buscando reconhecimento para o que realizamos e costumamos sentir uma necessidade de autoafirmação de que as pessoas nos tenham no mais alto conceito... Para quê? Será que essa é a forma que encontramos para nos sentir amados?
Penso que talvez ainda nos falte a consciência de que o amor simplesmente acontece quando nos dispomos a conhecer alguém, com suas qualidades (claro!), mas também com os seus defeitos (por que não?). É o conhecimento que leva ao amor. E, o inverso também acontece, pois quando amamos alguém sentimos a necessidade de conhecer essa pessoa cada vez melhor para compreendê-la e ajudá-la ainda mais.
Deus sabe dessa nossa necessidade de nos sentir amados e a valoriza, especialmente quando reconhecemos a nossa pequenez e não vivemos essa busca frenética por prestígio e poder, tão comuns em qualquer meio social... Para Deus basta quem somos! Seu olhar está nas nossas lutas por bondade e justiça, em cada ação praticada no dia a dia. Ele enxerga o que ninguém nem vê... Nosso objetivo, então, precisar ser o de realizar a vontade de Deus!
Realizar a vontade de Deus foi o que fez Maria, ao aceitar ser a Mãe de Jesus. Ela soube reconhecer que o Senhor fez grandes coisas em seu favor:
“A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o respeitam.” (Lc 1,46-50)
Justamente por isso, Nossa Senhora, no momento oportuno, foi acolhida por Deus no céu “com corpo e alma” — assunção, que a liturgia da Igreja celebra neste domingo. Ela foi coroada, plena e definitivamente, com a glória que Deus preparou para os seus santos. Que a Sua vida seja modelo para nós, que também queremos chegar ao céu.

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