Tolerância: Bom remédio contra o descartável

Já parou para avaliar como são seus relacionamentos? Com a sua família, seus amigos, seus amores, colegas de trabalho e também vizinhos? E com aquelas pessoas com as quais você não simpatiza muito? É comum passarmos a vida sem dar atenção aos detalhes referentes às nossas atitudes diante dos outros, mas será que isso é bom?
 
Durante sua estada no Rio de Janeiro, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, em 2013, o Papa Francisco, ao visitar os estúdios da Rádio Catedral FM 106,7 – emissora oficial da Arquidiocese do Rio de Janeiro —, mais uma vez nos orientou a irmos contra “a cultura do descartável, onde tudo é descartável”.
 
É muito justo e importante buscarmos que a sociedade ache caminhos para a cultura da inclusão, na qual crianças, jovens, idosos, doentes e os que não produzem tenham respeito e espaço. Mas não dá mais para desconsiderar que essas atitudes precisam partir, primeiramente, de cada um de nós, nas coisas práticas do dia a dia, no cotidiano dos nossos relacionamentos.
 
O cenário atual destoa dos valores cristãos: Se “não vai com a cara” de outro alguém, simplesmente não cumprimenta. Se pensa diferente e você o acha chato, exclui das redes sociais. O que é isso, minha gente?! Quem disse que o outro deve fazer apenas o que queremos, pensar como nós e estar à nossa disposição? Não. Estamos falando de pessoas e não de marionetes!
 
Não podemos excluir quem nos desagrada... Isso também é abraçar a cultura do descartável, percebe? 

Nós precisamos aprender a conviver com as diferenças, a nos tolerarmos mutuamente, a nos respeitarmos em nossos relacionamentos.
 
Todos são merecedores de respeito. Talvez não de admiração. Mas de respeito, sim. Não é coerente amar a Cristo, que não vemos, e não amar ao irmão, que vemos (I Jo4,20), com atitudes concretas de tolerância, apesar dos seus supostos erros e limitações. Eu quero viver a tolerância, porque não cabe a mim julgar ninguém. E o meu irmão, assim como eu, traz em si a dignidade de filho de Deus. “Bora” agir assim? “Tamu” junto!

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