Durante a Latin American Space Challenge (LASC) 2025, o Grupo de Foguetes o Rio de Janeiro (GFRJ) e a UERJ SATS representaram a Universidade do Estado do Rio de Janeiro em uma das maiores competições de foguetes e satélites da América Latina, conquistando resultados marcantes para a trajetória das equipes. Nesta edição, foram lançados dois foguetes: o Vulkano, projetado para alcançar 3 km de altitude, e o Fúria, com meta de 1 km, ambos desenvolvidos inteiramente pelos estudantes.
O destaque ficou para o satélite CariocaSat, vencedor de dois prêmios inéditos para a UERJ SATS: Best Experimental Satellite of the Year e First Place na categoria CubeSat. O projeto se destacou pela inovação tecnológica e pelo caráter experimental da sua arquitetura. A equipe desenvolveu uma fresadora CNC compacta como carga útil do satélite, equipada com três eixos de movimentação (X, Y e Z) e sistemas de fim de curso, parte da estrutura do cubesat foi fabricada pela equipe por meio de impressão 3D. O experimento atua como uma prova de conceito para validar se um sistema de manufatura é capaz de sobreviver às forças de um lançamento suborbital e permanecer operacional, avançando em direção ao objetivo futuro de satélites com capacidade de autorreparo.
Além da inovação técnica, o satélite também carregou um diferencial simbólico: em sua arte, o monumento ao Cristo Redentor estava estampado, em parceria com o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, representando a paz, a fé e a identidade carioca. O nome “Carioca Sat” refletiu o orgulho da equipe em representar o Rio de Janeiro no maior evento acadêmico aeroespacial do mundo.
O CariocaSat já havia participado anteriormente da competição internacional International Rocket Engineering Competition (IREC), nos Estados Unidos, e retornou à LASC 2025 mostrando uma evolução significativa em seu desenvolvimento. Embora o satélite não tenha retornado após o lançamento, a missão representou um avanço importante para a UERJ, consolidando a UERJ SATS como referência em inovação e desenvolvimento aeroespacial no ambiente estudantil brasileiro.


