Nesta sexta-feira, 28 de fevereiro, às 7h30, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré visitou o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, por ocasião da exposição "Caminhos para Belém - o amor que flui como água", do fotógrafo paraense Alexandre Baena, que terá abertura oficial hoje, às 10h, no Museu Arquidiocesano de Arte Sacra do Rio de Janeiro. As telas retratam o caminho de fé dos peregrinos, romeiros e promesseiros do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, que acontece todos os anos no segundo domingo de outubro, a grandiosidade da fé, do caminhar dos que chegam de todos os lugares, sendo acolhidos nos pontos de apoio que fornecem alimentos, água e descanso para continuar a sua jornada até a chegada a Belém, capital do Pará, ao encontro da procissão do Círio de Nazaré. A exposição teve sua abertura oficial no dia 30 de outubro de 2024, no Museu de Arte Sacra de São Paulo, que também contou com a presença da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré recebida com cantos marianos e celebrações de reverência.
O fotógrafo Alexandre Baena, descreve a sua emoção em realizar a exposição, “Caminhos para Belém - o amor que flui como água", destacando que é um projeto que vai além das fronteiras territoriais do Pará. “A escolha do nome remete a peregrinação a Belém mostrando imagens dos promesseiros, romeiros e peregrinos de uma das maiores manifestações religiosas conhecidas mundialmente, e levar o Círio de Nazaré para as cinco regiões Brasileiras, nos meses que antecedem a COP30, é também reforçar a mensagem que em 2025, todos os caminhos do mundo vão levar para a capital do Estado do Pará. Temos a força, o carinho e a devoção do povo paraense em imagens cheias de fé”, enfatiza o curador e fotógrafo da exposição Alexandre Baena.
A capital paraense, Belém, às margens da baía do Guajará, é considerada a porta de entrada para a Amazônia, o coração pulsante da região do Norte do Brasil, um local histórico com sua arquitetura colonial portuguesa, rica em tradições culturais, turísticas, gastronomia, música e sua exuberante natureza. Foi na cidade das mangueiras, como é conhecida, que a devoção a Nossa Senhora tem uma das maiores manifestações de fé do mundo, uma história que remonta de 1700 quando o caboclo Plácido encontrou a imagem da santa às margens do igarapé Murutucu. No local foi construída a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré.
“Fotografar os caminhos que levam ao Círio de Nazaré não é fácil de descrever, é um sentimento, é a fé que move cada um, independente da distância, obstáculos, noite ou dia, o importante é chegar até o encontro com Nossa Senhora. Fotografar os peregrinos foi uma experiência de fé, capturando a alegria, as lágrimas, o agradecimento e as orações, que guardo comigo, contadas em histórias de amor e cura que são reveladas nas telas. Vamos caminhar pelo Brasil e é uma honra ter a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré como parte especial de abertura da exposição caminhando conosco, nos abençoando e levando a cada lugar que percorrermos as bênçãos de sua graça, minha alegria é imensa, a ida dela para a abertura da exposição em São Paulo e agora chegando ao Rio de Janeiro, no Museu Arquidiocesano de Arte Sacra”, frisa Baena.
Todos os anos o Círio atrai devotos de todos os lugares da região, do Brasil e do mundo. A imagem peregrina, a berlinda, o manto e a corda símbolos da devoção e fé que emocionam quem contempla de perto a passagem da Santinha. O Círio de Nossa Senhora de Nazaré é a maior manifestação católica do Brasil - e uma das maiores do mundo - reunindo mais de dois milhões de pessoas em seu cortejo religioso. Em 2004, foi reconhecido como patrimônio cultural imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN. Em dezembro de 2013, declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - UNESCO.
A itinerância percorre as cinco regiões brasileiras, iniciando por São Paulo, em seguida, Rio de Janeiro, Brasília-DF, Pernambuco, Santa Catarina, com finalização em Belém. A exposição “Caminhos para Belém - o amor que flui como água”, tem o patrocínio da Prefeitura Municipal de Belém, do Governo do Estado do Pará através do Banpará, Secretaria de Cultura, Secretaria de Turismo, apoio da Diretoria da Festa de Nossa Senhora de Nazaré, com realização MAB Comunicação. O artista - Fotógrafo e curador da exposição, Alexandre Baena, é publicitário, cineasta e documentarista, atuando no segmento cultural dentro do mercado nacional e internacional. No ano de 2023, realizou uma itinerância nacional, tendo como foco os devotos de São Benedito, com a exposição “Esmolação - Imagens da Marujada de Bragança pelo Brasil”. No primeiro semestre de 2024, Baena realizou nova itinerância nacional com a exposição “Juruti - Festival das Tribos” que teve como foco os povos originários da Amazônia Paraense e segue no ano de 2025 com a itinerância “Sairé – Celebração, louvor e disputa dos Botos”, que também percorre as cinco regiões, levando uma das mais tradicionais festividades da Amazônia Paraense, tendo como foco o rito religioso em louvor a Santíssima Trindade e a disputa entre os Botos Tucuxi e Boto Corde-Rosa
