Neste final de semana, tempestades atingiram a cidade do Rio de Janeiro, com muita chuva e raios. Essas descargas elétricas atingiram o monumento ao Cristo Redentor diversas vezes e provocaram avarias. Desde o primeiro momento, equipes do Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor trabalham para avaliar todos os possíveis danos causados.
Todo o sistema de iluminação e internet do Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor ficou avariado, incluindo a queima das luzes que iluminam o monumento ao Cristo Redentor e das luzes da Capela Nossa Senhora Aparecida, que fica na base do monumento. Alguns equipamentos eletroeletrônicos, como computadores, também foram queimados.
Na manhã deste domingo, uma equipe, incluindo alpinistas, fez uma avaliação para identificar possíveis danos causados à estrutura do monumento ao Cristo Redentor. A inspeção realizada pela equipe da empresa responsável pela conservação, pesquisas, mapeamento e restauros na imagem localizada no alto do Morro do Corcovado, Cone Sul, após recente temporal onde foi registrada forte descarga atmosférica na cabeça do monumento, constatou que não houve dano ao monumento. O trabalho realizado pela empresa Cone Sul trata primeiramente do levantamento dos agentes que podem colocar em risco o monumento e seus frequentadores.
Em 2015, foi diagnosticado que o sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) instalado no Cristo Redentor não garantia sua integridade, representando sério risco à estrutura. A adequação foi realizada em 2021, com a instalação da nova coroa com dimensão quatro vezes maior que a antiga, substituição dos captores, novo e maior sistema de aterramento, o que garantiu sua segurança. A obra foi realizada no “Projeto 90 Anos Cristo Redentor - Restauros emergenciais, manutenção preventiva e obras emergenciais, fase 1”, que tratou de parte das obras emergenciais.
“Depois do susto, a certeza que o esforço realizado diariamente pela Arquidiocese e sua equipe técnica está na direção correta para garantir a preservação da integridade do Cristo Redentor diante do constante desafio cobrado pelo tempo e pela exposição junto à natureza”, destaca o engenheiro João Racine. “Nosso símbolo maior, atingido por fortes descargas elétricas, mostrou-se resistente mais uma vez. De forma recorrente atingido por todo tipo de intempéries climáticas, permanece iluminando o céu, resiliente, acolhedor e solidário como cada brasileiro”, afirma o reitor do Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, Padre Omar.
Em caso de tempestades acompanhadas de raios, o Centro de Operações Rio (COR) recomenda que as pessoas evitem locais abertos e a prática de esportes ao ar livre, especialmente, no mar; não se abriguem debaixo de árvores ou de coberturas metálicas; evitem ficar próximas a precipícios, encostas ou lugares altos sem proteção; e fiquem atentas caso haja queda de árvore, pois é possível que a rede de energia tenha sido rompida, levando a risco de acidentes causados por raios.
"A maioria das atividades elétricas que observamos na atmosfera ocorre em nuvens do
tipo Cumulonimbus, também conhecidas como "nuvens de tempestade", e que são muito
comuns nas tardes do verão carioca. Em geral, locais com a maior incidência de raios
dependem de muitos fatores, entre eles a altitude e, por estar localizado em altitude
elevada na cidade do Rio de Janeiro, o monumento ao Cristo Redentor é um local propício
para a incidência dessas descargas elétricas. Tanto a tempestade de sexta-feira (10) quanto
as tempestades de verão, monitoradas até o momento, possuem pouca diferença de um
ano para o outro, não sendo possível afirmar aumento ou diminuição na incidência de
raios, tanto na região do Cristo Redentor quanto na cidade do Rio de Janeiro”, afirma o
meteorologista Anselmo Pontes, do sistema de monitoramento e alerta de chuvas e
deslizamentos de encostas na cidade do Rio de Janeiro, o Alerta Rio.