No terceiro dia de comemorações pelo aniversário de 83 anos do Cristo Redentor, o Monumento foi iluminado pela cor rosa, em alerta à sociedade sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama. A iniciativa, em atenção ao Outubro Rosa – Movimento que faz desse mês o epicentro para as ações de conscientização —, foi uma parceria entre a Arquidiocese do Rio de Janeiro, o Ministério da Saúde, a Fundação Laço Rosa, o SENAC e a Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ).
O reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar Raposo, recepcionou o secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, a subsecretária de humanização, Fabiani Gil, a presidente voluntária da Fundação Laço Rosa, Marcelle Medeiros, a presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), Maira Caleffi, a gerente de responsabilidade social do SENAC, Ana Paula Nunes e o presidente da Fecomércio-RJ, Armando Bloch, para uma cerimônia em atenção à causa, que contou com um momento de oração pelos enfermos. A primeira-dama do Estado, Maria Lucia Jardim, e diversas pessoas que apóiam a iniciativa participaram da ocasião exibindo o laço rosa, característico da campanha, ao peito.
Sob a animação do Coral Ele Vive, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Rainha de Todos os Santos, com a música Jesus Cristo, de Roberto Carlos, o Monumento ficou cor de rosa:
— Esta é a campanha mais antiga que o Cristo Redentor abraça. Já há 8 anos nos reunimos com esse mesmo propósito. É um momento bonito para a conscientização e sensibilização da sociedade, afirmou Padre Omar.
Diante de uma realidade que registra 50 mil casos de diagnósticos por ano, conforme dados do Ministério da Saúde, a subsecretária de humanização aponta o caminho seguro:
— A grande saída para o enfrentamento do câncer de mama é mesmo a prevenção. Não há nada mais bonito do que esse Cristo iluminado de cor de rosa, comop uma Imagem sensibilizadora, que vai para todo o mundo, destacou Fabiani Gil.
A presidente da Fundação Laço Rosa, Marcelle Medeiros, lembrou que a ocasião de estar aos pés do Redentor é oportuna para agradecer pelas muitas vitórias contra a doença, por tantas pessoas que abraçam a causa e pelas muitas parcerias que têm sido feitas em prol da conscientização social. Ela também alertou:
— O câncer de mama, se detectado precocemente, tem 95% de chance de cura.
Tem muita vida durante”
Para Jaqueline de Oliveira, de 35 anos, que foi diagnosticada aos 31, em 2011, fez todo o tratamento e agora, em 2014, teve uma recidiva na mama operada e precisou fazer mastectomia e quimioterapia, o Outubro Rosa é um incentivo à caminhada.
— Estar aqui e participar deste evento, para mim, é uma força. Ver tantas mulheres que passaram por tudo o que eu passei e estão aí, saudáveis, bem, me faz pensar que eu, com certeza, vou vencer de novo. Já venci uma vez, e vou vencer de novo, acredita.
A pernambucana, que mora no Rio de Janeiro, Viviane de Oliveira Melo, de 32 anos, foi diagnosticada aos 29 anos. Para ela, o enfrentamento à doença é uma realidade a ser assimilada a cada dia:
— Desde que eu fui diagnosticada, vim vivendo isso como se não acreditasse que está acontecendo comigo. Tanto que quando eu olho no espelho e vejo a cicatriz da mastectomia, eu fico pensativa ainda. Então, participar de um evento assim é super fundamental, principalmente para alertar outras pessoas com relação à idade, porque é raro a gente imaginar que a doença atinge também às mais novas. É difícil, mas dá para passar por isso. Eu tenho alguns lemas como “Tem muita vida durante” e “Vida pulsa o tempo todo”, pois eu fiquei careca, mas fui à praia, saí, namorei... porque a gente não pode esperar chegar lá na frente! A vida está acontecendo agora! É possível enfrentar e viver bem, orientou.
Redação: Nice Affonso
Fotos: J. Lucena