Por Nice Affonso
No último domingo, 10 de maio, o Cristo Redentor recebeu iluminação especial, como parte de uma homenagem da Arquidiocese do Rio de Janeiro a todas as mães. As mulheres do grupo Mães SemNome, que perderam seus filhos e unidas acolhem outras que passam pela mesma dor, foram as principais destinatárias da celebração, presidida pelo reitor do Santuário, Padre Omar Raposo, no alto do Corcovado. O momento emocionante de oração foi um convite à troca da tristeza da perda pela alegria de reaprender a viver com a dor da saudade.
— Eu faço diariamente uma superação. Uma super ação para transformar essa minha dor em amor, contou Mirian Vogel, que perdeu sua filha há 14 anos atrás, num acidente de helicóptero.
Durante a cerimônia, aquele abraço que elas não podem mais dar em seus filhos foi dado, simbolicamente, no Cristo Redentor, enquanto seguravam velas, e cada amado foi lembrado por meio de uma rosa depositada na capela. Em seguida, as cores do Grupo foram refletidas sobre o Monumento: o verde, anunciando a esperança e a renovação necessárias, e o lilás, representando a fé e a cura.
— Esta homenagem é um incentivo à caminhada daquelas que não se rendem à dor da perda, mas que, neste grupo de ajuda mútua, se redescobrem e renascem para a vida, explicou Padre Omar.
O grupo Mães SemNome conta com uma página no facebook que já possui 18 mil seguidoras. Mais de 400 mães já se cadastraram no site e ainda em maio o grupo pretende lançar um site o www.maessemnome.com.br.
— O poder público apóia este movimento, porque aquele que se enluta precisa de solidariedade, afirmou o desembargador José Muiños Piñeiro Filho.
* Fotos: J. Lucena
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