Nossas Olimpíadas

Eu não sei com qual modalidade esportiva sua vida se assemelha, mas sei que você tem se dedicado e esforçado para alcançar os melhores resultados possíveis e, assim, ser merecedor das medalhas que vêm como consequência de um bom trabalho. Certamente seu treino é diário e exige empenho físico, aprendizado, momentos de altos e baixos emocionais, pressão externa e interna... E, como se trata de metas para a sua própria vida, a motivação interior é a mola-propulsora a te impelir a continuar em frente, independente da dificuldade imposta pelos obstáculos, não é mesmo? A isso você tem chamado de garra, determinação etc... Mas não exatamente de fé, não é verdade?

Só que é preciso compreender que não dá para separar o cotidiano das nossas vidas da fé. É no dia a dia que “combatemos o bom combate” (2Tm 4, 7). Nossas atitudes não podem ser dissociadas, ao ponto de sermos uma pessoa dentro da igreja e outra fora dela. Somos Igreja o tempo todo, onde estivermos, em qualquer situação, a qualquer hora. E é isso que faz de nós atletas de Cristo! Não podemos querer as medalhas da vida para sermos melhores que ninguém, mas sim para servirmos de inspiração para que mais pessoas, ao verem a forma como vivemos nossa fé, queiram também seguir ao Senhor. 

Cada um de nós, com suas vitórias particulares, conta ao mundo que é possível ser legal e realizar coisas boas, sem precisar passar por cima de ninguém, excluir ou guerrear. Essas conquistas se refletem por toda a sociedade, já que “somos membros de uma única família humana” — como destacou o Papa Francisco na mensagem divulgada na semana passada, em atenção às Olimpíadas. 

Que o espírito dos jogos olímpicos nos faça recordar de que é preciso testemunhar com a vida — como bem faz essa grande festa esportiva que o Rio de Janeiro recebe — que cultura, cor da pele e religião não podem segregar... Deus conta conosco para sermos construtores da paz, da tolerância e da reconciliação. Devemos lutar por alcançar as medalhas que levam para o céu! 


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